A regra de ouro sobre apresentador para estúdio de vídeo é que ele deve ser escolhido depois que o conceito do vídeo estiver definido e em função dele. E lembre-se também deste princípio que vale para esta e outras ocasiões:

“O meio faz parte da mensagem.”

 

A frase acima é título de uma das obras que revolucionou a comunicação no século XX, sim, ele, o grande McLuhan em The médium is the massage (1969). Isso significa que, afora o texto que será dito, você precisa de um formato que faz parte da mensagem. Nesse sentido, a escolha do apresentador do vídeo (com seu figurino) é de vital importância para transmitir sensações condizentes com o texto. Pensa em uma criança de 7 anos explicando a nova política fiscal de uma montadora de carros… acho que não, hein!

A gente não nasceu ontem e intuitivamente não vai fazer algo assim, mas acredite: se não fizer as coisas com o propósito final em mente, vários desvios e deslizes acontecem, e o resultado fica comprometido.

Exemplos práticos

O uso de um apresentador jovem do sexo masculino em geral é mais recomendável para empresas ligadas a tecnologia e a inovação do que a empresas de negócios mais tradicionais, como construtoras ou companhias de aviação. Nestes dois casos, um homem adulto é que vai transmitir uma sensação maior de segurança e solidez, a qual provavelmente é a necessária neste caso.

Já em propaganda política, a opção quase sempre vai ser por um homem e uma mulher, ambos jovens, um deles caucasiano e o outro pardo. Ora, mas se não é para passar a ideia de que o programa defendido é novo, bacana e abranjente neste nosso país heterogêneo? Pois é, e é mesmo.

Uma mulher pode trazer um bom viés jornalístico, já que, se você parar para pensar, vai ver que mulheres aparecem como apresentadoras muito mais em programas jornalísticos do que em geral o fazem em vídeos empresariais. Ora, mas é claro, além de florear o ambiente e levantar um pouco a audiência, uma mulher apresentando um vídeo, em si, é algo moderno e urbano, o que é interessante no contexto do jornalismo televisivo.

Atores precisam ser bonitos?

Falando de forma bem pragmática, é difícil imaginar uma empresa, partido ou organização que, dentro do conceito de um projeto de vídeo, vai requerer uma pessoa considerada fora do padrão de beleza. É claro que o padrão de beleza não é algo fixo e é sim influenciado culturalmente, mas qualquer que seja a sua opinião sobre esse tema essa não é a sua briga quando está sendo comissionado para realizar um vídeo que precisa atingir um resultado. Quando você tem um resultado a alcançar, ele deve ser prioritário e os códigos e os padrões sociais não devem ser discutidos, mas usados para o interesse do projeto, sempre dentro do limite da ética, é claro!

Mas aqui também mora uma armadilha, que é a armadilha do bonitinho demais.

Conceitos como seriedade, solidez ou inovação na esmagadora maioria dos casos falam mais alto do que simplesmente uma pessoa com rosto bonito. No caso de o seu projeto fazer uso de uma apresentadora, cuidado redobrado, se ela for realmente atraente pode até conseguir alguns cliques a mais no Youtube ou causar um pico de atenção na turma que vai assistir à vídeo-aula, mas em muitas vezes pode acabar desviando o foco do vídeo e comprometer resultados práticos.

Roupas que sejam provocantes também são desaconselhadas. Além da questão do foco, vai passar a sensação de algo vulgar e barato.

Você precisa decidir o que quer, amigo!

Como toda escolha no processo de produção de vídeo, há uma miríade de possibilidades. Por isso, a dica aqui é muito simples: a hora de decidir o apresentador para gravação em estúdio é como a hora de decidir qualquer outra coisa, você precisa saber aonde quer chegar e quais são os critérios prioritários.

Se você decidir todas as coisas do seu projeto, incluindo o apresentador, com esse conceito em mente, chegará a um material coeso e pronto para causar os efeitos esperados.

E você, tem alguma dica para dividir sobre como escolher o melhor apresentador em estúdio de vídeo? Deixe nos comentários a sua experiência!